A economia brasileira registrou um recuo de 0,4% em julho, de acordo com indicador considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central.
A expectativa do mercado financeiro era de um recuo de 0,9%, de acordo com pesquisa da Reuters.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 5,3%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 2,0%, de acordo com os números observados.
O PIB do Brasil começou o ano retornando ao crescimento no primeiro trimestre e superou as expectativas nos três meses seguintes, de acordo com os dados do IBGE. No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,4% mesmo diante dos impactos das fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul no final de abril e em maio, afetando safras agrícolas, indústrias e a logística.
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Em julho, tanto as vendas no varejo quanto o setor de serviços apresentaram bom desempenho. As vendas varejistas voltaram a crescer, a uma taxa de 0,6%, enquanto o volume de serviços surpreendeu com ganho de 1,2% sobre junho.
No entanto, a produção industrial foi destaque negativo ao recuar 1,4% sobre junho, uma queda maior do que a esperada.
Os dados de julho serão avaliados pelo Banco Central na reunião de política monetária da próxima semana, quando irá decidir sobre a taxa básica de juros Selic, atualmente em 10,50%.
Ainda nesta sexta-feira, o Ministério da Fazenda irá divulgar novas projeções para a economia. O ministro Fernando Haddad já havia antecipado que a Pasta poderia rever as expectativas para a atividade.
Na quarta-feira (11), o ministro afirmou que o PIB do Brasil vai crescer “pelo menos” 3% este ano.
Pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostra que a expectativa para a expansão do PIB este ano é de 2,68%, indo a 1,90% em 2025.
O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.
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