O FII Gazit Malls (GZIT11) encerrará setembro com o maior dividend yield (taxa de retorno com dividendos) entre os principais fundos do mercado. Neste mês, a carteira ostenta uma taxa de 1,37%.
O número faz parte de levantamento do InfoMoney com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras. O estudo considera apenas os 115 fundos imobiliários que compõem o Ifix, índice dos FIIs mais negociados na Bolsa.
Em setembro, 36 FIIs apresentaram dividend yield acima de 1%, número inferior aos 48 observados no mês anterior.
Nesta segunda-feira (30), o GZIT11 pagou R$ 0,78 por cota, montante que garantiu ao fundo o maior retorno com dividendos no mês. Na sequência, aparecem o Autonomy Edifícios (AIEC11) e o Hectare CE (HCTR11), com dividend yield também acima de 1,30%.
Focado no segmento de shopping, o Gazit Malls (GZIT11) tem atualmente cinco empreendimentos no portfólio, que somam uma área bruta locável de 143 mil metros quadrados e um patrimônio líquido de R$ 2,1 bilhões.
Em 12 meses, o fundo – que conta hoje com pouco mais de 5.500 cotistas – ostenta um dividend yield de 13,27%, de acordo com dados do Status Invest.
Dividendos de FIIs X IPCA+
De forma geral, o dividend yield do Ifix está próximo 10,77% no acumulado dos últimos 12 meses, aponta relatório recente da XP. O percentual supera o rendimento de aplicações de longo prazo, como o das NTNB (título do Tesouro Direto) com vencimento em 2035 – que oferece nesta segunda-feira (30) um prêmio de 6,37%.
Separando por tipo de fundo, o DY dos FIIs de “papel” – que investem em títulos de renda fixa – está em 11,83% e o dos de “tijolo” – focados diretamente em imóveis –, 9,87%, conforme mostra gráfico do estudo da XP.
“Além de apresentarem maior resiliência diante dos cenários macroeconômicos mais conturbados, em comparação com os fundos de ‘tijolo’, os fundos de recebíveis (de ‘papel’) tendem a apresentar yields maiores”, destacam Ygor Altero e Ruan Argenton, analistas que assinam o relatório da XP. “Cenários de alta da taxa de juros e de inflação pressionada para cima podem impactar positivamente a distribuição de dividendos”, pontuam.
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