O Brasil ficou perto da lanterna na lista dos melhores sistemas previdenciários do mundo. No ranking de 2024, a consultoria Mercer, em parceria com a CFA Institute, avaliou as aposentadorias de 48 países, considerando três critérios: adequação, sustentabilidade e integridade. As notas máximas foram conquistadas pela Holanda, Islândia, Dinamarca e Israel, respectivamente.
No relatório, a consultoria frisa que os desafios globais relacionados às aposentadorias estão aumentando, tanto devido às mudanças demográficas quanto econômicas. “O envelhecimento da população, a queda nas taxas de fertilidade e o aumento da expectativa de vida têm pressionado os sistemas de previdência em diversos países”, aponta o estudo.
Leia também
INSS realiza leilão da folha de pagamento de aposentados e pensionistas no dia 22
Licitação vai escolher os bancos para pagar os benefícios da Previdência Social concedidos entre 2025 e 2029
Junto às questões demográficas, as taxas de juros elevadas e o aumento dos custos de cuidados com a saúde também têm contribuído negativamente para manter os sistemas previdenciários saudáveis. Vale lembrar que, no Brasil, a Selic segue acima de 10% ao ano desde 2022.
Guia gratuito da Rico e do InfoMoney ensina a buscar uma Renda Alternativa com Imóveis mesmo começando com pouco
Os melhores países para se aposentar em 2024
Para elaborar o ranking dos países com as melhores aposentadorias, o estudo Mercer CFA Institute Global Pension Index (MCGPI) avalia tanto sistemas públicos — como o brasileiro, que conta com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — como os planos de previdência privada de cada país. A média global obteve uma pontuação de 63,4, com os países com os melhores sistemas ultrapassando os 80 pontos, enquanto as menores classificações foram inferiores a 50 pontos.
Confira abaixo o ranking global:
- Holanda (84,8)
- Islândia (83,4)
- Dinamarca (81,6)
- Israel (80,2)
- Cingapura (78,7)
- Austrália (76,7)
- Finlândia (75,9)
- Noruega (75,2)
- Chile (74,9)
- Suécia (74,3)
- Reino Unido (71,6)
- Suíça (71,5)
- Uruguai (68,9)
- Nova Zelândia (68,7)
- Bélgica (68,6)
- México (68,5)
- Canadá (68,4)
- Irlanda (68,1)
- França (68)
- Alemanha (67,3)
- Croácia (67,2)
- Portugal (66,9)
- Emirados Árabes Unidos (64,8)
- Casaquistão (64)
- Hong Kong (63,9)
- Espanha (63,3)
- Colômbia (63)
- Arábia Saudita (60,5)
- Estados Unidos (60,4)
- Polônia (56,8)
- China (56,5)
- Malásia (56,3)
- Brasil (55,8)
- Botsuana (55,4)
- Itália (55,4)
- Japão (54,9)
- Peru (54,7)
- Vietnã (54,5)
- Taiwan (53,7)
- Áustria (53,4)
- Coreia do Sul (52,2)
- Indonésia (50,2)
- Tailândia (50)
- África do Sul (49,6)
- Turquia (48,3)
- Filipinas (45,8)
- Argentina (45,5)
- Índia (44)
Na 33ª posição do ranking, o Brasil conquistou uma pontuação média de 55,8. O país recebeu uma nota C no ranking, principalmente devido à baixa integridade e à sustentabilidade do sistema — que ocupam a 39ª e 44ª posição, respectivamente, nesses critérios. Com isso, embora os benefícios pagos aos aposentados tenham sido considerados adequados (o país aparece em 20º lugar nesse quesito), a capacidade do sistema de sustentar esses pagamentos no futuro é questionável.