Segundo informações divulgadas por organizações de ajuda humanitária nesta sexta-feira (1º), a terceira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite em Gaza começará neste sábado (2). O lançamento desta fase foi adiado por bombardeios israelenses, pelo deslocamento em massa e pela falta de acesso.
A campanha contra a pólio começou em 1º de setembro, depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, em agosto, que um bebê estava parcialmente paralisado pelo vírus da pólio tipo 2, o primeiro caso no território em 25 anos.
A pausa humanitária para a realização da campanha já havia sido discutida, mas a OMS e a Unicef disseram que a área coberta pelo acordo foi reduzida em relação à pausa em setembro e, agora, cobriria apenas a Cidade de Gaza.
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Fase final da campanha tinha como objetivo dar a segunda dose da nova vacina contra a pólio tipo 2 (nOPV2) para aproximadamente 119 mil crianças com menos de 10 anos, no norte de Gaza. No entanto, é possível que essa meta não seja atingida devido às restrições de acesso, conforme o comunicado.
A Cogat, agência de assuntos civis palestinos do Exército israelense, informou que estava ajudando a coordenar a campanha de três dias e que, uma vez concluída, haveria uma avaliação para decidir se o cronograma seria estendido.
“Essa coordenação garantirá que a população chegue com segurança aos centros médicos onde as vacinas serão administradas”, declarou o Órgão.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertos.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.
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