O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, avaliou positivamente o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE), firmado na sexta-feira (6), em Montevidéu (Uruguai), destacando que trará benefícios para o setor agropecuário brasileiro.
Ele alertou, porém, que ainda existem desafios para a ratificação do acordo.
“A assinatura do tratado representa um reconhecimento da qualidade da nossa produção agropecuária. Cotas importantes foram negociadas para diversos produtos, especialmente a carne, que terá uma entrada significativa no mercado europeu”, afirmou Lupion, em vídeo.
Um dos pontos mais relevantes, segundo ele, é a desoneração de tarifas para mais de 90% dos produtos negociados. “Vamos isentar tarifas entre a União Europeia e o Mercosul em muitos produtos, incluindo frutas, por exemplo, que são uma referência para o Brasil”, destacou.
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O acordo constituirá uma das maiores áreas de livre comércio bilateral do mundo. Mercosul e União Europeia reúnem cerca de 718 milhões de pessoas e economias que, somadas, alcançam US$ 22 trilhões
No entanto, Lupion alertou que o protecionismo europeu pode prejudicar a implementação do acordo. “Nós conseguimos incluir um mecanismo de reequilíbrio de concessões para evitar que medidas unilaterais do protecionismo europeu possam impedir o avanço do tratado. Esse é um ponto superimportante”, enfatizou o parlamentar.
A ratificação do tratado pelos parlamentos dos países envolvidos é outro desafio citado pelo presidente da FPA. “Já tivemos manifestações contrárias da França, Polônia e Itália, o que nos surpreendeu. Esses países enfrentam protestos de produtores rurais que temem a competitividade dos produtos brasileiros, que chegam mais baratos ao mercado europeu”, disse Lupion.
O presidente da FPA também reforçou a importância de garantir a aprovação do tratado pelos parlamentos. “Este é um bloco comercial de grande relevância, e o tratado abriria uma oportunidade extremamente positiva para o Brasil. Espero que isso dê certo em prol da nossa agropecuária”, concluiu.
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