Mais de uma década de guerra civil e sanções deixaram a economia síria em declínio.
Estima-se que 90% das pessoas vivam abaixo da linha da pobreza, e mais da metade da população do país enfrenta insegurança alimentar aguda, de acordo com autoridades humanitárias das Nações Unidas.
Estima-se que o produto interno bruto da Síria tenha caído mais de 85% desde o início da guerra civil em 2011, de acordo com uma análise da Capital Economics.
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E sua já pequena produção de petróleo agora chega a menos de 100.000 barris por dia — “um erro de arredondamento para a produção global de petróleo”, como a consultoria colocou em uma nota na segunda-feira (09).
A inflação atingirá 115% em 2023, segundo estimativa do Banco Mundial, que também previu que a economia do país encolherá 1,5% neste ano.
Essa crise econômica apresenta um problema enorme para o grupo díspar de forças rebeldes sírias à medida que assumem o poder.
O mais proeminente desses grupos rebeldes é o Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), um antigo afiliado da Al Qaeda, que ainda enfrenta sanções dos Estados Unidos, Europa e Nações Unidas devido à sua designação de terror.
“Já há discussões em vários países, incluindo o Reino Unido, sobre se o HTS deve ser removido da lista de terroristas”, disse Aniseh Bassiri Tabrizi, pesquisador associado do think tank britânico Chatham House e analista sênior da consultoria Control Risks.
“No mínimo, haverá uma exploração dos diferentes grupos de oposição envolvidos agora na Síria pós-Assad, para ver se algum tipo de envolvimento pode ocorrer com eles”, o que afetará a implementação das sanções, disse Bassiri Tabrizi.
Ela acrescentou que a competição por reservas de petróleo é uma área-chave onde tensões podem surgir entre grupos de oposição. As fileiras lideradas pelos curdos das Forças Democráticas Sírias, apoiadas pelos EUA, são as principais beneficiárias da atual produção de petróleo.
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