O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira (11) que um juiz federal rejeite um processo que o acusa de fazer comentários difamatórios, durante sua campanha, sobre cinco homens negros e latinos que foram erroneamente condenados e presos pelo estupro de uma mulher branca, no Central Park, em 1989.
Os advogados de Trump afirmaram no processo que seus comentários sobre os homens, conhecidos como Os Cinco do Central Park, estavam legalmente protegidos pela liberdade de expressão.
Os cinco homens foram inocentados em 2002 com base em evidências de DNA e da confissão de outra pessoa. Trump afirmou falsamente, em um debate presidencial no dia 10 de setembro contra a democrata Kamala Harris, que eles tinham matado uma pessoa e confessado esse crime.
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Advogados de Trump afirmaram que a Primeira Emenda da Constituição “protege o discurso do presidente eleito sobre matérias de interesse público”.
Um advogado de Trump e um porta-voz de sua equipe de transição não estavam imediatamente disponíveis para comentar sobre o tema. Na segunda-feira (8), o presidente eleito afirmou que vai indicar o fundador do grupo, Harmeet Dhillon, como líder da divisão de direitos civis do Departamento de Justiça.
Shanin Specter, advogado dos Cinco do Central Park — Yusef Salaam, Raymond Santana, Kevin Richardson, Antron Brown e Korey Wise — afirmou esperar que os argumentos de Trump sejam descartados.
“Estamos ansiosos para recebermos ciência e procedermos com o julgamento”, afirmou.