Rio de Janeiro (Reuters) – A produção de petróleo do Brasil deverá alcançar 3,6 milhões de barris por dia (bpd) em 2025, uma alta de aproximadamente 6% ante a média acumulada de 3,4 milhões de bpd neste ano até outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), publicados nesta segunda-feira (16).
“Estamos nos tornando um país cada vez mais relevante não só como potência energética, somos também nas fontes tradicionais de energia”, disse Roberto Ardenghy, presidente do IBP, que representa as petroleiras no Brasil, como Petrobras, Shell, Equinor e TotalEnergies.
A estimativa, entretanto, é inferior à projeção realizada pelo Plano Decenal de Expansão (PDE) de Energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no horizonte até 2034, que está em consulta pública, que aponta para um crescimento de mais de 10% da produção no país, para mais de 4 milhões de bpd.
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Questionados, representantes do IBP explicaram que a diferença nas projeções pode estar associada às fontes das informações e do processamento das análises, mas pontuaram que o PDE ainda está em consulta pública e que o IBP também está revisando seus dados.
Para a sua análise, o IBP conta com informações da S&P Global, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), além de seus próprios levantamentos.
A Petrobras (PETR4), maior produtora de petróleo do Brasil, deverá colocar duas grandes plataformas em operação no país em 2025, Alexandre de Gusmão, no campo de Mero, e P-78, no campo de Búzios, ambas no pré-sal da Bacia de Santos.
Uma terceira plataforma, chamada Almirante Tamandaré, também está prevista para o próximo ano no campo de Búzios, mas a Petrobras anunciou anteriormente ter a expectativa de colocá-la em produção ainda em dezembro deste ano.
Em 2024, a Petrobras colocou até agora duas novas plataformas em operação: Maria Quitéria, no campo de Jubarte, no pré-sal da Bacia de Campos, e Marechal Duque de Caxias, em Mero.
O IBP também divulgou estimar arrecadação do Brasil de R$ 120 bilhões com royalties, participações especiais e lucro-óleo da atividade de petróleo e gás em 2025, com o número subindo para cerca de R$ 170 bilhões em 2028.