A defesa do ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução dos itens apreendidos pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
O ministro Alexandre de Moraes pediu à PF para se manifestar sobre a necessidade da manutenção dos bens apreendidos. Após a posição dos investigadores, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também deve opinar sobre o pedido.
Ailton Barros foi um dos militares indiciados pela investigação por tentativa de golpe de Estado. Ligado a Jair Bolsonaro, ele foi expulso do Exército em 2006. Em 2022, se autointitulou o “01 de Bolsonaro” na campanha a deputado federal pelo PL.
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No relatório final, a PF diz que Ailton Barros é “integrante do núcleo responsável por incitar a adesão de militares ao golpe de Estado e difundir ataques pessoais aos militares que não aderissem os planos da organização criminosa”.
De acordo com o documento, o ex-militar atuou sob ordens do general Walter Braga Netto para atacar os comandantes das Forças Armadas que não quisessem aderir ao golpe.
Braga Netto foi preso em 14 de dezembro por obstrução das investigações. Ele cumpre a medida no Rio de Janeiro e mudou de advogado de defesa.
Antes de ser preso, Braga Netto também pediu para reaver itens que foram apreendidos pela PF. No primeiro semestre deste ano, os então advogados de defesa do militar pediram a devolução de passaportes, armas e munições. Os itens foram apreendidos na operação Tempo da Verdade, em 8 de fevereiro.
O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa de Bolsonaro foi alvo novamente de busca e apreensão quando houve o cumprimento do mandado de prisão.
Os equipamentos eletrônicos são periciados na Superintendência da PF na capital fluminense.