Fonte do conteúdo: InfoMoney
SÃO PAULO – A Mercer, consultora de Investimentos, divulgou nesta quinta-feira (20) a sua pesquisa anual sobre cenários econômicos, que contou com a opinião de 45 gestores, entre eles, o de instituições como BlackRock, BNP Paribas, BTG Pactual e Itaú Asset Management.
De acordo com eles, entre os setores mais atrativos para investir em 2014 estão o de Bancos, Mineração, Papel & Celulose, Serviços e Siderurgia/Metalurgia. Destes, os bancos foram os que receberam a melhor avaliação, com 73% dos gestores o colocando entre os setores mais atrativos e nenhum no campo de menos atrativo.
Em seguida, as companhias mineradoras e de Papel & Celulose foram colocadas como mais atrativas por 32% e 27% dos gestores, respectivamente, e como menos atrativa por nenhum deles. Já o setor de Serviços e Siderurgia/Metalurgia, apesar de terem sido muito citados entre os mais atrativos, também apareceram entre os menos atrativos, mesmo que em menor escala.
No outro extremo, os setores com os quais os investidores devem tomar extremo cuidado neste ano e, de preferência, se manterem afastados, são os de Petróleo e Gás, Energia Elétrica, Varejo, Construção e Telecom, que receberam avaliações ruins por 51%, 46%, 41%, 35% e 27% dos gestores, nesta ordem.
Ações para ficar de olho neste ano
Além dos principais setores, a pesquisa da Mercer também citou as ações mais atrativas, ainda de acordo com os 45 gestores participantes. Dos 12 papéis mais bem avaliados para investir em 2014, os setores que mais se destacaram foram o de Bancos e Financeiras, Papel & Celulose e Educação.
As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) foram consideradas as mais atrativas pelos gestores, seguidas dos papéis do BB Seguridade (BBSE3), Cosan (CSAN3), Ambev (ABEV3), Cielo (CIEL3) e Estácio (ESTC3).
Além destas, outras ações que apareceram como atrativas para este ano foram as da Itaúsa (ITSA4), Suzano (SUZB5), Kroton (KROT3), Cetip (CTIP3), Fibria (FIBR3) e Klabin (KLBN4).
Cenário macroeconômico
A pesquisa da Consultora abrangeu também o comportamento de indicadores macroeconômicos e bolsa de valores em 2014.
Segundo a média da opinião dos 45 gestores, o Brasil deve fechar o ano com um crescimento de 1,85%, inflação de 6,09% ao ano (próxima ao teto da meta, de 6,5%) e IGP-M de 5,89% ao ano. A taxa Selic, de acordo com a pesquisa, deve terminar o primeiro semestre, na média das respostas, em 11,13%, chegando ao fim do ano em 11,36%, na média também.
No mercado de renda variável, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, de acordo com os gestores, irá terminar 2014 com 56.969 pontos. Já no mercado de câmbio, o real deve continuar se desvalorizando perante o dólar, ficando acima de R$ 2,40 para 93% dos gestores e entre R$ 2,30 e R$ 2,40 para 7%. Nenhum deles acha que a moeda norte-americana irá terminar o ano abaixo de R$ 2,30.
Por fim, em relação às eleições, o impacto no mercado financeiro com a possível reeleição da Dilma será neutra para 54% dos gestores e negativa para 46%. Nenhum deles achou que o impacto será positivo com a vitória da petista. Já o candidato Eduardo Campos, do PSB, recebeu indicação positiva para o mercado financeiro por 82% dos gestores, 15% neutra e apenas 3% ruim, enquanto Aécio Neves, do PSDB, recebeu 92% positiva, 8% neutra e nenhuma indicação ruim.