O crescimento da receita da Visa, maior processadora de pagamentos do mundo, no 3º trimestre fiscal ficou aquém das expectativas de Wall Street, com custos elevados de empréstimos limitando os gastos dos consumidores.
As ações da companhia caíam 2,1% no pós-mercado norte-americano.
Os esforços do Federal Reserve para conter a inflação elevaram as taxas de juros nos Estados Unidos para seus patamares mais altos desde a crise financeira global de 2008, sobrecarregando o orçamento dos norte-americanos de menor renda.
A gigante de cartões de crédito American Express também não alcançou as expectativas para receita no 2º trimestre, ao divulgar seu resultado na semana passada.
A receita líquida trimestral da Visa de US$ 8,90 bilhões ficou abaixo das estimativas dos analistas de US$ 8,92 bilhões, segundo dados da LSEG.
Ainda assim, o volume de pagamentos subiu 7% no trimestre, em uma base de dólar constante, enquanto os volumes transfronteiriços, excluindo transações dentro da Europa, subiram 14%, sinalizando demanda robusta por viagens internacionais.
A Visa prevê um crescimento de “dois dígitos baixo” para a receita líquida no 4º trimestre fiscal, encerrado em 30 de setembro, em comparação com 10,6% no ano passado. A empresa também reforçou suas projeções anuais para lucro e crescimento de receitas.
A Visa lucrou US$ 2,42 por ação em base ajustada no 3º trimestre, em linha com as expectativas.
Os resultados da rival Mastercard estão marcados para a próxima semana, encerrando a temporada de balanços para o setor.