SÃO PAULO (Reuters) – O Ministério da Agricultura informou nesta sexta-feira que encaminhou a notificação da conclusão do foco da doença de Newcastle (DNC) para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), e que agora aguarda a retirada dos embargos, por parte dos países importadores, para retomada total das exportações de carnes de aves e seus produtos.
“Com o fim do foco da doença, disponibilizaremos aos países todas as informações sobre o diagnóstico atual e as medidas adotadas. Isso permitirá que eles analisem e confirmem que estamos livres de Newcastle, possibilitando a retomada das certificações para exportação”, disse o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Carlos Goulart.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também afirmou acreditar que o restabelecimento integral do fluxo das exportações de carne de frango do Brasil (maior exportador mundial) será agilizado após a notificação à OMSA.
“Embora boa parte do fluxo sob suspensão esteja sendo assimilado por outros mercados importadores, a ABPA acredita que a notificação” deve acelerar as negociações com os mercados importadores, afirmou em comunicado.
Segundo a associação, a situação da doença de Newcastle foi “pontual”, como mostraram os resultados das amostras coletadas.
O foco foi confirmado em 17 de julho em um estabelecimento de avicultura comercial de corte, no município gaúcho de Anta Gorda (RS).
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Sem novas suspeitas de novos focos para a doença, o ministério reduziu a abrangência da área de emergência zoossanitária no Estado do Rio Grande do Sul para os municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilopolis e Relvado.
A granja afetada segue sendo monitorada por 42 dias para verificar se há resquícios de circulação do vírus. Após esse período e com resultado negativo para a presença do agente patógeno, o aviário será liberado para funcionamento novamente.
Após a redução da abrangência da área de emergência zoossanitária, o ministério também atualizou as áreas de suspensão da certificação temporária para exportações de carnes de aves e seus produtos. China, Argentina e México seguem com as restrições de exportação para todo Brasil. Já em relação ao Estado do Rio Grande do Sul, seguem apenas Arábia Saudita, Bolívia, Chile, Cuba, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai.