SÃO PAULO – O Citigroup cortou novamente as previsões de crescimento da economia global para 2016 de 3,3% para 3,1%, mantendo estável a de 2015 em 2,7%. O corte foi o terceiro consecutivo realizado pela instituição financeira. Os riscos citados para 2016 são as preocupações com a China, que persistem desde o paper do mês passado, mas ressalta o arrefecimento das tensões na Grécia como um componente positivo.
Com a desaceleração da China e perspectivas de mais relaxamento monetário, a decisão das autoridades chinesas de deixar o mercado ter um papel mais importante em determinar a taxa de câmbio deve trazer mais desvalorização à moeda do país. O yuan, de acordo com o Citi, deve cair para US$ 6,80 nos próximos meses.
Diversas economias internacionais também tiveram suas previsões de atividade econômica revistas pelo Citi neste mês. Para a equipe de análise do Citi, a zona do euro terá um avanço de 1,3% contra apenas 1,5% nas projeções de um mês atrás. China e Japão tiveram cortes ainda maiores, com dados revisados para a maior economia da Ásia de 6,7% para 6,3% de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) e de 1,8% para 1,3% para a segunda maior.
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“Nós também fazemos diversos cortes em mercados emergentes, especialmente na Ásia e na América Latina”, diz o texto do research assinado pelos analistas Willem Buiter, Guillermo Mondino, Michael Saunders, William Lee, Kiichi Murashima, David Lubin e Johanna Chua.
O Citi também diz no paper que ainda espera uma elevação das taxas de juros do Federal Reserve na reunião do Fomc (Federal Open Market Comittee) de setembro a não ser que os indicadores macroeconômicos que ainda estão por vir sejam surpreendentemente fracos ou a situação do mercado financeiro ficar desordenada. “O aperto deve ser bem mais lento do que nos ciclos anteriores do Fed e não deve tirar dos trilhos a expansão da economia dos EUA”, diz a equipe de análise.