SÃO PAULO – A volatilidade de 2014 na bolsa de valores brasileira se manteve em 2015, com o Ibovespa, seu principal índice, já tendo caído 4,26% até o fechamento da última terça-feira (20).
Assim, é importante para quem, apesar dos percalços, pretende ficar no mercado de renda variável, analisar com cautela as melhores oportunidades, para não começar o ano novo com prejuízos.
Pensando nisso, a Concórdia recomendou, em seu Guia de Investimentos 2015, os melhores setores para investir na bolsa neste ano. São eles: alimentos, serviços financeiros, bancos, varejo alimentar e de eletrodomésticos, educação, siderurgia, papel & celulose, empresas defensivas e construção civil.
Descubra o passo a passo para viver de dividendos e ter uma renda mensal; começando já nas próximas semanas.
Segundo a corretora, o setor de alimentos possui empresas bastante competitivas, com baixa elasticidade-preço no mercado doméstico e aumento da demanda mundial, especialmente no Oriente Médio, Rússia e Ásia. Já para o setor de serviços financeiros, a Concórdia prevê uma maior utilização de cartões e desenvolvimento de meios de pagamentos alternativos, enquanto que no setor de bancos, a recomposição gradual dos spread e inadimplência em patamar saudável podem ajudar.
No setor de varejo alimentar e de eletrodomésticos, eles citaram o fato de ser um bem essencial e de menor ticket no caso de alimentos, ganhos de eficiência nas grandes varejistas, além da demanda por produtos tecnológicos. Já para a educação, o que conta são as políticas de incentivo ao ensino superior e a consolidação do setor e das margens, enquanto que no setor de siderurgia, a notícia positiva é a recuperação externa dos Estados Unidos, que beneficia empresas diversificadas geograficamente.
O setor de Papel & Celulose demonstra competitividade intrínseca e, portanto, deve apresentar uma boa oportunidade para 2015, em função do fechamento de plantas de celulose estrangeiras menos competitivas e da resiliência da demanda por papel e seus derivados. Enquanto isso, ainda segundo a Concórdia, as empresas defensivas tem um bom histórico de resultados e com margens resilientes, mesmo diante de um fraco ritmo de atividade, e, por fim, as empresas de construção civil, que, apesar de ainda viverem um contexto bastante desafiador, podem virar uma oportunidade com a baixa concorrência e a expansão do programa Minha Casa Minha Vida.
Perspectivas para o cenário Macro
De acordo com a Concórdia, em 2015, no cenário macroeconômico, a inflação deve continuar elevada, o ciclo de aperto monetário deve continuar e deve haver uma desaceleração do consumo interno.
Além disso, há um risco de racionamento de água e energia, a retomada do crescimento dos Estados Unidos e preocupações com o ritmo de crescimento da China.