A economia do Brasil enfrenta desafios crescentes antes das eleições presidenciais de 2014, em outubro, e deve permanecer fraca ao longo do resto do ano, disse a agência de classificação de riscos Moody’s em um relatório.
“A tendência negativa de crédito, de um crescimento menor e uma inflação maior sugere que as condições macroeconômicas não devem melhorar durante o resto do ano, mesmo depois que a incerteza em torno das eleições gerais, de outubro, for amenizada”, afirmou a agência. “Dessa forma, nós agora esperamos um crescimento menor do PIB real de 1,3% em 2014 e de 1,5% em 2015, com riscos inclinados para o lado negativo.”
O rating soberano do País deve ser afetado por qualquer mudança de política feita pelo vencedor da eleição presidencial, disse a Moody’s. “Acreditamos que a perspectiva de rating deve ser fortemente influenciada pela habilidade da próxima administração de reverter as tendências negativas, como um crescimento econômico persistentemente fraco, taxas elevadas de inflação e sentimento do investidor em queda”, disse o vice-presidente da agência, Mauro Leos, em resposta a perguntas enviada por e-mail.
BALANÇOS: Baixe agora a planilha para acompanhar a temporada de resultados do 2º trimestre
Moody’s tem uma classificação de grau de investimento Baa2 para o Brasil, com perspectiva estável, o que significa que a agência não está planejando alterar a nota do país no momento. Mas, com o crescimento desacelerando e a inflação persistente, o cenário está cada vez mais desafiador para os formuladores de políticas brasileiros, disse a Moody’s.