A atividade do setor de serviços no Brasil teve em julho sue melhor mês desde junho de 2022, segundo pesquisa da S&P Global divulgada esta segunda-feira (5), mas foram feitos alertas sobre novas pressões inflacionárias geradas pela desvalorização cambial.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços cresceu de 54,8 em junho para 56,4 em julho. Isso após uma queda registrada entre maio e junho.
Os participantes da pesquisa atribuíram essa recuperação na atividade de serviços principalmente a conquistas de novos negócios e à demanda subjacente positiva. As vendas subiram ao segundo ritmo mais acelerado em 21 meses.
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Pollyanna De Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, no entanto, alertou para a intensificação das pressões inflacionárias em julho, motivadas em parte devido pela desvalorização da moeda.
“Com os custos de insumos e os preços cobrados aumentando a taxas mais aceleradas entre os fabricantes e provedores de serviços, as taxas de inflação atingiram as maiores altas em dois anos em todo o setor privado. Isso contribui para suposições de que o Banco Central poderá não retomar os cortes nas taxas de juros este ano”, comentou em nota.
Sobre a atividade, ela destacou que o setor de serviços seguiu na mesma direção que o setor industrial, apresentando aumentos acentuados e acelerados em novos pedidos.
“Os produtores de bens se mostraram mais otimistas do que os provedores de serviços e, consequentemente, aumentaram o emprego em um grau mais significativo. Entre os últimos, houve relatos esporádicos de que medidas de reestruturação e maiores taxas de inadimplência dos clientes refrearam a criação de empregos”, citou.
Com o dado de serviços, o indicador PMI composto, que agrega os dados da indústria, subiu dos 54,1 registrados em junho para 56,0 em julho, também indicando o ritmo de expansão mais rápido desde junho de 2022.