SÃO PAULO – A maioria dos brasileiros acha importante ter o “nome limpo” no mercado. Um levantamento realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que 82% dos consumidores consideram que ter o nome limpo é um dos bens mais preciosos que uma pessoa pode ter.
No entanto, quatro entre 10 entrevistados não tem o hábito de se planejar financeiramente e 14% ainda confessa ter o costume de deixar de pagar algum compromisso financeiro para utilizar o dinheiro na aquisição de um produto que desejam ter, mesmo que sem necessidade.
Segundo o educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, o segredo para uma vida financeira saudável é praticar atitudes conscientes e saber quais são os limites do próprio bolso. “Planejamento é fundamental. Quem lida com o orçamento de forma mais organizada, pensa antes de gastar e não entra em armadilhas”, afirma.
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Estar com o CPF negativado acarreta uma série de dificuldades na vida particular e profissional dos consumidores, como a impossibilidade de realizar compras parceladas ou abrir contas em banco, enfrentar barreiras na hora de financiar um carro ou a casa própria e até mesmo conseguir uma recolocação no mercado de trabalho.
Confira abaixo 10 dicas que os especialistas do “Meu Bolso Feliz” dão para o consumidor manter o nome limpo e continuar consumindo da maneira saudável:
1- Seja organizado
Faça uma planilha e anote todos os gastos mensais fixos, como água, luz, telefone, aluguel, condomínio, alimentação, escola, entre outros. Não se esqueça de incluir os gastos extras e supérfluos;
2- Dê previsibilidade aos seus gastos
Faça o cálculo do quanto você ganha, subtraindo as contas que são essenciais. Desse modo, você já começa a ter uma noção do quanto tem de dinheiro para gastar com as coisas que gosta e poupar pensando no futuro;
3- Seja prudente
Reflita se os seus gastos são de fato necessários e avalie o que pode ser adiado ou até mesmo cortado da lista de compras;
4- Tenha zelo pelo seu nome
Nunca empreste seu CPF para terceiros realizarem compras e não permita que outra pessoa, mesmo que seja parente próximo ou amigo, use seu cartão de crédito. Ao assumir a divida de terceiros, por ingenuidade, falta de cuidado ou por uma simples gentileza, a pessoa passa a arcar com todas as consequências, caso o tomador do nome emprestado não consiga honrar o compromisso assumido. Você pode perder não só o dinheiro como a amizade.
5- Tenha controle das datas que vencem seus compromissos financeiros
Ao utilizar cheques, por exemplo, verifique se sua conta tem fundos suficientes para cobrir o valor da folha. O mesmo cuidado serve para os cheques pré-datados na data marcada para o depósito;
6- Faça um uso inteligente do cartão de crédito
Nunca exceda o seu limite, pois isso gera a cobrança de taxas extras. O cartão de crédito pode ser útil para momentos de emergência;
7- Pague sempre suas contas em dia, pois isso evita a cobrança de juros
Poucos dias de atraso podem representar multas aparentemente pequenas, mas se você juntar várias contas, o valor desembolsado pode assustar;
8- Não tenha medo de pedir uma renegociação
É possível conseguir bons resultados como reduzir o tamanho das prestações, obter juros menores e prazos mais alongados. Se a intenção do consumidor for pagar a dívida atrasadas a vista, é possível até pedir um desconto no valor total. Além disso, é necessário que o consumidor mantenha a disciplina e não assuma novas dívidas enquanto estiver pagando as prestações atrasadas;
9- Evite surpresas desagradáveis
Caso mude de residência, informe imediatamente o seu novo endereço aos seus credores. Dessa maneira, você evita a perda de faturas e recebimentos com atraso, sendo obrigado a pagar juros e multas desnecessárias que encarecem ainda mais a dívida;
10- Resista às tentações e não insista em manter um estilo de vida que não combina com a sua renda
Cuidado com o poder que fatores psicológicos exercem sobre você. Por uma questão de expressão social, algumas pessoas compram descontroladamente apenas para impressionar a família, os amigos e até mesmo para compensar frustrações. Sem planejamento, essas pessoas adquirem produtos supérfluos e acabam se endividando excessivamente.