SÃO PAULO – Os consumidores brasileiros estão habituados a parcelar suas compras e “encaixar” suaves parcelas ao orçamento que quando somadas pode representar um grande risco para o controle financeiro, levando ao endividamento.
Segundo pesquisa nacional da Fecomercio-RJ (Federação do Comércio do Rio de Janeiro) 46% dos brasileiros pagaram algum tipo de parcelamento no segundo trimestre de 2013, o maior percentual desde o início do levantamento, em 2009, de acordo com o estudo feito em parceria com a Ipso.
Entre os tipos de parcelamento o mais comum, que representa 54% do total, é o de carnês, seguido por cartões de crédito (37%), empréstimos bancários (8%), empréstimos em financeiras (6%) e empréstimos habitacionais (4%). A compra de eletrodomésticos (26%), de artigos de vestuário (22%), de eletrônicos (17%) e de veículos (16%) são os motivos mais citados para o parcelamento das compras.
XP oferece investimento que paga quase o dobro da poupança; invista e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney.
Avalie a melhor opção
Wilson Justo, diretor de marketing e relacionamento com o cliente da Sorocred, as pessoas devem ter mais cuidado na hora de parcelar. “Pesquisar é sempre a primeira coisa a ser feita. Analise os produtos que for comprar e avalie se o parcelamento é a melhor opção. Não é só pensar se a parcela cabe no bolso, mas ter um olhar amplo sobre as suas finanças, sem se esquecer das principais contas, despesas fixas e outros valores já parcelados”, alerta.
Para ele, as famílias devem estabelecer um limite para o parcelamento. O controle emocional também é importante para não se deixar levar pelos apelos de consumo. Os vendedores, as propagandas, tudo é feito para encorajar a compra a prazo, mas o consumidor deve se precaver e checar se o preço das parcelas está realmente sem juros.
“É importante fazer um diagnóstico e avaliar quando o parcelamento deve ser utilizado. O ideal é sempre economizar por um tempo e comprar à vista depois, mas isso ainda não está presente na cultura financeira da maioria da população ”, completa o executivo.