SÃO PAULO – Muitas pessoas enfrentam problemas na hora de fechar as contas no fim do mês. A dificuldade em controlar a vida financeira, em se organizar e conseguir pagar as dívidas é comum. O salário parece menor do que realmente é pela má administração. No entanto, é possível sanar os seus débitos e passar a acumular dinheiro.
O educador financeiro Robinson Trovó elencou 7 passos de como quitar as dívidas e passar a guardar dinheiro no fim do mês.
1. Saiba o valor da sua dívida
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Primeiramente, ele diz que é necessário saber exatamente qual o valor da dívida. Segundo o educador financeiro, isso é crucial para se organizar, saber o tamanho do problema e a partir daí planejar um orçamento adequado à nova situação.
2. Não deixe de pagar
O especialista explica que é de extrema importância quitar as dívidas e não ficar prolongando o problema. “Não deixe de pagar, mesmo que isso exija esforços e restrinja alguns hábitos que você tem. O pagamento da dívida é temporário. Depois você pode voltar a ter uma vida com mais luxos”, afirma o educador financeiro.
3. Saiba o valor líquido do seu salário
É importante saber que o salário que recebe é o bruto, mas há descontos como o Imposto de Renda e INSS, que diminuem esse valor. “Quanto mais você ganha, maiores serão os descontos devido ao IR”, diz o especialista.
Ele sugere que você inclua os dois valores no orçamento. “Porque assim você sabe quanto ganha, vê o quanto vai para o governo e sabe exatamente o quanto pode gastar”, explica.
4. Comece a sair da dívida
Segundo Trovó, agora que você sabe qual o valor da dívida, a importância de pagá-la e quanto você ganha, você deve ter em mente essa conta: 20% do seu salário líquido deve ser destinado a quitar suas dívidas. Se você está endividado e usa menos do que esses 20% vai demorar muito para conseguir quitar a dívida. E se usar mais do que essa porcentagem vai acabar entrando em mais dívidas porque vai faltar dinheiro para outras coisas.
5. Gaste dentro dos limites
Se os 20% do salário líquido são destinados ao pagamento das dívidas, 70% deve ser gasto em despesas gerais, explica Trovó, tais como: água, luz, telefone, aluguel, carro, seguro IPVA, manutenção, gastos com supermercado, lazer e compras diversas. “Lembrando sempre de não exagerar também em nenhum desses itens, usar o necessário de acordo com a essa porcentagem”, diz.
6. O que cortar?
Se você está endividado, temporariamente terá de cortar alguns custos domésticos para se reorganizar e pagar os débitos. “Aqui é importante lembrar o que são prioridades: a moradia e a comida”, diz Trovó. Assim, você pode começar a cortar custos de serviços como TV a cabo, evitar compras diversas, roupas, jantares, gastos extras desnecessários, luxos diários que podem ajudar em um momento de endividamento.
7. Aprenda a orçar
O especialista explica que se você conseguir equilibrar esse sistema de 20% para dívidas e 70% para despesas gerais, vai sobrar 10% do seu salário, que você pode investir e passar a acumular dinheiro. “Uma parte dela você deve guardar para emergências, afinal gastos inesperados podem surgir”, orienta Trovó.
O restante é interessante investir em renda fixa, segundo ele. “Se você nunca investiu, não precisa ter medo de algo dar errado. Se informe por meio de corretoras e shopping financeiros sobre as possibilidades dentro das suas condições”, explica.
8. Comece a acumular
O educador financeiro explica que os produtos de investimentos devem ser escolhidos de acordo com o valor disponível para aplicar e o prazo. Para quem tem até R$ 5 mil ele lembra que o Tesouro Selic, títulos pós-fixados negociados pelo programa Tesouro Direto, é uma boa opção. “Você empresta dinheiro para o governo e ele paga juros. Tem liquidez diária e quanto maior o prazo que deixar maior será o juro”, diz.
Ele prossegue dizendo que para quem tem de R$ 5 mil a R$ 30 mil, a melhor opção é um CDB (Certificado de Depósito Bancário). Já se você pode investir mais de R$ 30 mil uma boa opção é a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), que são isentas de IR. No entanto, estes títulos não possuem liquidez diária e os vencimentos costumam variar entre 3 meses e três anos.