A Berkshire Hathaway (BRK.B), holding de investimentos de Warren Buffett, está diminuindo participações relevantes em nomes que tinham grande fatia em seu portfólio, e que já estavam presentes na carteira da empresa há pelo menos uma década.
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Segundo documentos públicos, a empresa realizou lucros de suas participações no Bank Of America (BofA) e na montadora chinesa BYD.
A BYD foi uma aposta do falecido Charlie Munger, ex-vice-presidente da Berkshire. Ele recebeu a dica do presidente da gestora Himalaya Capital, Li Lu, e iniciou suas posições em 2008. No ápice, a holding chegou a deter 20% da chinesa.
Documentos entregues à Bolsa de Hong Kong nesta segunda-feira (22) mostram que a posição da holding caiu para 4,94%, de 5,06% anteriormente. A diminuição é significativa, pois, a partir de agora, a Berkshire Hathaway não é mais obrigada a divulgar novas vendas de ações ou fechamento completo da posição em BYD.
Desde 2008, Munger viu um ganho de 2.000% de sua aposta inicial na BYD, que passou de uma pouco conhecida fornecedora chinesa de baterias para a maior fabricante de veículos elétricos e híbridos do mundo. Atualmente, a companhia está avaliada em US$ 100 bilhões.
Já o BofA era uma aposta de mais de uma década de Buffett. O lendário investidor colocou US$ 5 bilhões no banco em 2011, em uma sinalização de confiança que foi importante naquele momento, quando a instituição precisava de capital para se reerguer da crise financeira. Ao longo dos anos, a posição no BofA foi uma das maiores da holding.
Documentos divulgados na sexta-feira (19) mostraram que a Berkshire vendeu cerca de 34 milhões de ações do banco por US$ 1,48 bilhão. Agora, a holding permanece com 998 milhões de ações, avaliadas em mais de US$ 42 bilhões.
A empresa de Buffett continua sendo um dos maiores acionistas do banco.
Há alguns meses, Buffett revelou que reduziu sua participação na Apple (AAPL) — a maior posição da Berkshire Hathaway — para US$ 135,4 bilhões no final do primeiro trimestre.
O investidor bilionário elogiou a gigante da tecnologia na reunião e disse que continuará sendo o maior investimento da Berkshire, salvo quaisquer mudanças dramáticas. Porém, a fabricante do iPhone enfrenta uma série de dificuldades, incluindo uma multa antitruste por monopólio, queda nas vendas na China e um projeto de carro fracassado.
O enorme caixa da Berkshire atingiu um recorde de US$ 189 bilhões no final de março. Buffett disse na reunião anual da holding que era “uma suposição justa” que atingirá US$ 200 bilhões até ao final deste trimestre.
(Com agências internacionais)
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