As big techs foram os grandes destaques do primeiro semestre, com ganhos de até três digitos impulsionados pelo hype da inteligência artificial. No entanto, o fôlego parece estar se esgotando, especialmente após a divulgação dos balanços do 2º trimestre, que decepcionaram Wall Street, e o pânico global que tomou conta do mercado, ao menos momentaneamente.
Diante desse cenário, as empresas de tecnologia perderam espaço na carteira de ações internacionais para agosto. Alphabet (GOOGL) e Nvidia (NVDA), que apareceram nos portfólios de fevereiro a julho, não foram citadas no compilado deste mês, montado a partir das sugestões de 11 gestoras. Apenas Amazon (AMZN), Microsoft (MSFT) e Apple (AAPL) foram mencionadas.
“Após um primeiro semestre dominado pelas grandes empresas de tecnologia, observamos um comportamento distinto no mês de julho, com muitos investidores diversificando suas exposições para empresas de diferentes setores e tamanhos”, falou Daniel Martins, sócio e gestor da GeoCapital.
Para Martins, números mais moderados de inflação reacenderam as expectativas de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciar um ciclo de corte de juros a partir de setembro, incentivando os investidores a aumentar suas apostas em ações que haviam ficado para trás este ano, em detrimento daquelas que se valorizaram significativamente.
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Veja as 5 ações internacionais mais recomendadas para agosto de 2024:
Empresa | N° de recomendações* | Retorno nos últimos 30 dias |
Berkshire Hathaway (BRK-A) | 5 | 1,33% |
Disney (DIS) | 5 | -10,71% |
Amazon (AMZN) | 5 | -18,94% |
Microsoft (MSFT) | 5 | -14% |
Apple (AAPL) | 4 | -5,59% |
*Apenas ações que receberam pelo menos 4 recomendações foram consideradas.
Berkshire Hathaway (BRK-A)
Para os estrategistas do Santander Guilherme Bellizzi Motta e Ricardo Peretti, a Berkshire Hathaway é um bom negócio porque “utiliza a geração de caixa de suas operações para adquirir ativos nos mercados de capitais de forma oportunística, em setores como alimentação, serviços financeiros, petróleo e gás e, mais recentemente, tecnologia”.
Disney (DIS)
Para Fernando Siqueira, head de research da Guide Investimentos, a Disney está na carteira de ações globais porque é uma empresa de entretenimento diversificada que opera em diversos segmentos, como streaming, esportes, parques e hotéis na California, na Flórida e na França. “A empresa gera receita pelo licenciamento de seus produtos (direitos de imagem), principalmente relacionados aos seus personagens”.
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Amazon (AMZN)
A companhia cresceu no mercado de e-commerce e se destacou em outros segmentos, como computação em nuvem, streaming e inteligência artificial (IA), segundo Lucas Carvalho, head de análise de investimentos da Toro. ” Uma das grandes expectativas para o crescimento de longo prazo está no AWS (Amazon Web Services), que consiste nos serviços de computação em nuvem” da empresa, disse em relatório.
Microsoft (MSFT)
Os estrategistas Fernando Ferreira e Jennie Li, da XP Investimentos, disseram que a Microsoft recentemente passou a Apple em valor de mercado, se consolidando como a maior do mudno em capitalização. Além disso, segundo os espcialistas, uma dos pontos positivos da companhia é a capacidade de “desenvolver, produzir, licenciar, vender e prestar suporte a produtos de softwares”, além de “comercializar videogames, dispositivos de música, tablets, laptops e serviços de computação na nuvem”.
Apple (AAPL)
O BDR da Apple, cujo ticker é AAPL34, registrou um bom mês de julho, superando sua antiga máxima histórica ao atingir o patamar de R$ 64,75, e já era indicação dos estrategistas do Itaú BBA Fabio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, mesmo antes da queda forte após Buffet liquidar quase metade de sua posição. “Acima desta região, novos avanços para o BDR poderão vir com objetivo em R$ 73,65. Em caso de quedas, será importante para o médio prazo que o AAPL34 continue acima de R$ 48,10”. O ativo fechou a sessão de segunda-feira (5) na B3 negociado a R$ 60.
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