O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira (21) sobre “o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns e os esforços diplomáticos para diminuir as tensões regionais”, segundo a porta-voz da Casa Branca, Emilie Simons.
A vice-presidente Kamala Harris também se juntou à conversa, que aconteceu em um momento crítico das negociações de cessar-fogo para a Faixa de Gaza.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no início desta semana, em Israel, que esta pode ser a última oportunidade para um acordo.
Biden fez a ligação de Santa Ynez, na Califórnia, onde está de férias nesta semana.
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Um dos principais pontos de discordância nas negociações é o futuro do corredor de Filadélfia, no sul de Gaza.
Nesta quarta, a emissora pública israelense Kan informou que a retirada de Israel da faixa de terra de 14 quilômetros ao longo da fronteira entre Gaza e o Egito seria um elemento da proposta que Netanyahu concordou.
Negociação travada
Blinken e outras autoridades dos EUA se recusaram a detalhar a “proposta de transição” que os EUA apresentaram na semana passada, que visa aproximar Israel e o Hamas de um acordo de cessar-fogo.
O grupo armado palestino insiste que as Forças de Defesa de Israel (FDI) devem se retirar totalmente de Gaza e que os cidadãos devem ser autorizados a voltr para suas casa.
As autoridades israelenses argumentam que é necessário encontrar uma solução para controlar melhor a fronteira entre o Egito e Gaza, que há muito tempo é utilizada para o contrabando.
O gabinete do primeiro-ministro negou rapidamente qualquer intenção de abandonar a área que as tropas israelenses tomaram em maio.
“Israel insistirá na realização de todos os seus objetivos para a guerra, tal como foram definidos pelo Gabinete de Segurança, incluindo que Gaza nunca mais constitua uma ameaça à segurança de Israel. Isto requer a segurança da fronteira sul”, declarou o gabinete em um comunicado divulgado nesta quarta, descrevendo o relato de Kan como “incorreto”.
A declaração também pareceu contradizer os comentários de Blinken na terça-feira (20), quando ele disse que Netanyahu havia concordado com a proposta de transição e com a proposta de retirada de tropas.
“O acordo é muito claro sobre o cronograma e os locais das retiradas das FDI de Gaza, e Israel concordou com isso”, afirmou Blinken em comentários aos repórteres antes de sair do Catar.
Além disso, o principal diplomata dos EUA disse na segunda-feira (19) em Israel que caberia ao Hamas a responsabilidade de também concordar com a última proposta para resolver as questões pendentes.
Jennifer Hansler, da CNN, contribuiu para esta matéria
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