A Polícia Federal (PF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vão investigar um possível crime de manipulação contra o mercado de capitais, depois da divulgação, nas redes sociais, de uma informação falsa envolvendo a política monetária, o Banco Central (BC) e o futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo.
A investigação vai ocorrer a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Na última terça-feira (17), foi identificada uma série de postagens com falsas declarações de Galípolo em um perfil no X (antigo Twitter).
As alegações foram desmentidas pelo BC, mas ganharam repercussão em perfis de analistas econômicos, o que acabou impactando na cotação do dólar.
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A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI)
A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia argumenta que essa fake news interfere diretamente na percepção do mercado e compromete a eficácia da política de estabilização cambial.
“Manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas para gerar desinformação sobre políticas públicas nem minar a legitimidade das instituições democráticas”, argumentou a procuradora nacional da União de Defesa da Democracia, Karina Nathércia Lopes.
Galípolo é diretor de Política Monetária do BC e foi indicado para a presidência do BC pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele deve tomar posse em janeiro.