A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, nessa terça-feira (17), a proposta orçamentária estadual para 2025. A receita prevista é de R$ 372 bilhões e representa um aumento de 13,5% em relação ao Orçamento do último ano.
Um dos destaques para 2025 é o investimento estadual na Seguridade Social, que engloba as pastas de Saúde, Segurança Pública e Desenvolvimento Social, com uma despesa prevista de R$ 97,2 bilhões.
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Outro ponto de atenção é a desidratação do montante destinado à Secretaria de Governo e Relações Institucionais, comandada por Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.
A CNN mostrou, no mês passado, que a proposta do governo Tarcísio turbinava verba para a pasta de Kassab.
O orçamento da secretaria de Governo foi um dos únicos a sofrer alterações relevantes nas mãos dos parlamentares, com relação ao que foi proposto inicialmente pelo Palácio dos Bandeirantes.
Conforme noticiado pela CNN, o plano era destinar R$ 2,2 bilhões no ano que vem para a pasta.
O valor sofreu um corte de R$ 1,3 bilhão, ficou em pouco mais de R$ 900 milhões. O restante da verba foi distribuído entre outras pastas.
Segundo fontes na Assembleia, os cortes vieram diante da insatisfação da “ala Bolsonarista” dos deputados que, embora apoiem Tarcísio, são contrários ao aumento de poder de Kassab no governo estadual.
O PSD tem “conquistado território” e ampliou a soberania entre prefeituras no estado com mais de 200, dos 645 municípios paulistas.
Um deputado da base de Tarcísio ouvido pela CNN afirmou que “isso foi ciumeira do PL e Republicanos”, diante do aumento de poder de Kassab.
Na ocasião do envio da proposta do orçamento à Alesp, o aumento da verba pasta foi justificado como uma necessidade meramente administrativa, e não um movimento político.
Aliados de Kassab explicaram que a verba é distribuída por meio de convênios com municípios e emendas parlamentares.
Segundo as mesmas fontes, o orçamento de 2024 foi reduzido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o que dificultou os repasses às prefeituras.
A CNN contatou a secretaria de Governo e Relações Institucionais e aguarda um retorno.