O analista sênior de Internacional da CNN Américo Martins avaliou durante o Novo Dia que o Irã, aliado do Hezbollah, foi provavelmente avisado com antecedência sobre os ataques realizados contra Israel no último domingo (25).
Segundo Martins, essa escalada de violência entre o grupo libanês e as forças israelenses aumenta significativamente as tensões na região.
De acordo com o especialista, os ataques mútuos entre Hezbollah e Israel foram os mais intensos em anos, possivelmente desde a guerra de 2006.
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Apesar do número relativamente baixo de vítimas fatais, o incidente complica ainda mais as negociações de cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses.
Impasse nas negociações
Martins destacou que as negociações para um cessar-fogo já se arrastam há meses, com apenas um acordo temporário alcançado em novembro.
“O Hamas diz que só aceitaria algum tipo de trégua se fosse uma trégua permanente, ou seja, se acabasse a guerra, os israelenses teriam que tirar todos os seus soldados da faixa de Gaza”, explicou o analista.
Israel, por sua vez, insiste em manter tropas na fronteira entre Gaza e o Egito, aceitando apenas um cessar-fogo temporário.
Essa intransigência de ambos os lados dificulta um acordo, mesmo com os esforços de mediação dos Estados Unidos, Egito e Catar.
Papel do Irã
O analista ressaltou a ligação direta entre o Irã e grupos como o Hezbollah e o Hamas, afirmando que Teerã fornece apoio financeiro e armamentos.
Embora esses grupos mantenham certa independência, Martins acredita que o Hezbollah “deve, no mínimo, ter informado o Irã” sobre o ataque planejado contra Israel.
Martins também lembrou que o Irã ainda não retaliou a morte de um importante líder do Hamas em Teerã, o que foi considerado um vexame para a inteligência iraniana.
“Algo os iranianos devem estar neste momento planejando e nós vamos acompanhar nos próximos dias para ver o que vai acontecer”, concluiu o analista.
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