A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, enfrenta um desafio significativo em sua corrida presidencial: o fato de ser mulher.
Segundo avaliou o analista de internacional Lourival Sant’Anna durante o programa WW, essa característica pode se tornar um obstáculo na conquista de eleitores cruciais para a vitória democrata.
Sant’Anna explica que os democratas já contam com o apoio de mulheres liberais e feministas, especialmente após a perda da garantia do direito ao aborto.
No entanto, o verdadeiro desafio está em conquistar eleitores mais conservadores, particularmente homens brancos de meia-idade sem formação acadêmica, conhecidos como “colarinhos azuis”.
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O dilema dos “swing states”
Estados como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin são considerados decisivos para a eleição.
Nesses locais, o fato de Kamala Harris ser mulher e negra pode gerar resistência entre os eleitores mais moderados, que são cruciais para definir o resultado.
O analista ressalta que a questão do aborto tem sido um tema central na campanha democrata.
Recentemente, uma eleitora do Texas compartilhou sua experiência pessoal, destacando como a proibição do aborto em seu estado a forçou a viajar para realizar um procedimento recomendado por médicos devido a complicações na gravidez.
Sant’Anna enfatiza que histórias como essa são poderosas para a campanha democrata, pois demonstram que o aborto não é uma questão de preferência pessoal, mas de saúde pública.
No entanto, ele alerta que esse discurso pode não ser suficiente para conquistar os eleitores mais conservadores nos estados decisivos.
Diante desse cenário, Kamala Harris terá que desenvolver estratégias para superar os preconceitos e conquistar a confiança dos eleitores mais resistentes, equilibrando sua identidade como mulher negra com propostas que atendam às necessidades e preocupações desses grupos demográficos específicos.
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