O presidente Joe Biden deve ordenar a proibição de novos desenvolvimentos de petróleo e gás offshore em vasto território costeiro dos EUA, descartando a venda de direitos de perfuração em águas do Atlântico e Pacífico, bem como no leste do Golfo do México.
A medida representa um esforço abrangente para proteger permanentemente as águas costeiras — e as comunidades que dependem delas — do desenvolvimento de combustíveis fósseis e do risco de derramamentos de óleo.
Ao mesmo tempo, Biden está mantendo a porta aberta para novos arrendamentos de petróleo e gás natural nas porções central e ocidental do Golfo do México, que foram perfuradas por décadas e atualmente fornecem cerca de 14% da produção desses combustíveis do país, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas porque a decisão ainda não é pública.
Decisão deve ser anunciada na segunda (6)
A decisão de Biden, que será anunciada na segunda-feira (6), fortalecerá ainda mais suas credenciais climáticas, aprofundando seu histórico de promoção da conservação e energia de emissão zero. Ela se baseia em uma série de movimentos de última hora da Casa Branca para proteger terras e consagrar proteções ambientais antes que o presidente eleito Donald Trump tome posse.
Ao contrário de outras medidas que Biden tomou para restringir o desenvolvimento de combustíveis fósseis e as emissões de gases de efeito estufa que impulsionam as mudanças climáticas, esta pode ter durabilidade longa, complicando a intenção de Trump de reforçar a produção doméstica de petróleo e gás.
Isso porque a proclamação planejada por Biden está enraizada em uma disposição de 72 anos da lei federal que dá aos presidentes ampla discrição para retirar águas dos EUA do arrendamento de petróleo.