SÃO PAULO – Em 2015 as empresas listadas na BM&F Bovespa ganharam valor de mercado apesar da situação econômica adversa. O valor somado de 293 empresas com ações listadas na Bolsa cresceu R$ 130,6 bilhões no ano até o dia 15 de junho, uma alta de 6,23% puxada principalmente pelos papéis do setor de Óleo e Gás – especialmente Petrobras (PETR3; PETR4) – que ganhou R$ 50,2 bilhões, o que representa 35,47% de alta no mesmo período segundo levantamento da Consultoria Economatica.
O segundo maior avanço ficou com o setor de papel e celulose, que foi impulsionado pela forte valorização do dólar no ano. O crescimento do valor de mercado das empresas do segmento foi de R$ 14 bilhões ou 31,44%.
Já o principal perdedor dentre os setores foi o de construção. Com 20 representantes na Bovespa, as incorporadoras perderam 19,94% de valor de mercado. No final de 2014 o setor fechou com R$ 20,5 bilhões contra R$ 16,4 bilhões no dia 15 de junho, diz o relatório da consultoria. Com forte exposição aos juros e à quantidade de crédito disponível na economia, as empresas do setor sofreram com a trajetória de alta da Selic e o provisionamento de grandes bancos.
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Por fim, as educacionais, principais vencedoras da Bolsa no ano passado tiveram um desempenho negativo e tornaram-se as segundas maiores perdedoras este ano. Foram 19,49% de perdas em relação ao ano passado, o que em valores monetários é igual a R$ 8,2 bilhões que saíram do bolso dos acionistas destas companhias.
Analisando empresas individualmente, a maior alta do ano em valor fica com as Lojas Renner (LREN3), 46,4% de valorização, o que corresponde a R$ 4,5 bilhões. Já a maior queda ficou com Gol (GOLL4), que caiu 49,1%, ou seja, está agora R$ 2,1 bilhões menos valiosa do que no ano anterior.
Veja a tabela completa com as variações de valor de mercado dos setores dentro da BM&FBovespa: