O comentarista da CNN Caio Coppolla e o professor de Direito Constitucional Alessandro Soares discutiram, nesta terça-feira (17), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h) se é prudente prorrogar por mais tempo o inquérito das fake news.
Na última segunda-feira (16), ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que outras 20 pessoas fossem ouvidas na investigação e a estendeu por mais 180 dias.
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Segundo o STF, a prorrogação tem como objetivo finalizar as investigações sobre a comprovação da existência, financiamento e modo de operar “Gabinete do Ódio” — uma estrutura que teria supostamente funcionado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para atacar opositores do ex-presidente na internet e membros do STF.
O inquérito foi aberto em 2019. Até o momento, as investigações tiveram como alvos políticos, empresários, e usuários das redes sociais.
Para Coppolla, o inquérito é uma “perseguição política a adversários políticos do Tribunal”, que se alonga “semana após semana”.
“É uma tremenda ilegalidade, vai entrar para os anais da história brasileira. São procedimentos que estão uivados de nulidades”, disse Coppolla.
Já para Alessandro Soares, a prorrogação é necessária e o STF age em “legítima defesa”.
“Foi construída uma espécie de indústria de notícias fraudulentas, uma máquina construída dentro da estrutura do Estado, provavelmente utilizando recursos e servidores”, disse Soares.