Elon Musk divulgou em sua plataforma de mídia social X que a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) está exigindo que ele concorde com uma multa de valor não revelado para resolver as acusações sobre suas compras iniciais em 2022 de ações do então chamado Twitter.
O CEO da Tesla postou uma carta enviada por seu advogado Alex Spiro a Gary Gensler, que está deixando o cargo, na qual dizia que a agência exigia que Musk concordasse em 48 horas em pagar uma multa relacionada à sua falha em divulgar suas compras iniciais de ações do Twitter “ou enfrentar acusações em vários aspectos”.
“Oh Gary, como você pôde fazer isso comigo?”, disse ele, em tom de brincadeira, na postagem.
A SEC disse que é política da agência não comentar sobre investigações em andamento.
Leia Mais
-
Crescimento das despesas será "adequado" com pacote fiscal, diz Fazenda
-
Governo diz ao STF não ter condições de barrar Bolsa Família em bets
-
Preços de importados nos EUA têm leve alta em novembro
A carta afirmava que a equipe da SEC havia indicado que “essa exigência era resultado de uma diretriz de seus superiores e que as acusações seriam feitas imediatamente, a menos que o Sr. Musk concordasse” e que Musk se recusa a concordar com a exigência.
Musk e a SEC vêm se desentendendo há vários anos, inclusive durante o primeiro mandato de Trump.
Mas os confrontos aumentaram nos últimos anos, já que o bilionário desafiou os direitos da agência de limitar suas comunicações com os investidores, e Gensler se tornou um dos críticos mais veementes das criptomoedas, nas quais Musk é um grande investidor e defensor.
A carta que Musk publicou também dizia que Spiro havia sido intimado a prestar depoimento, o que ele se recusou a fazer, e que a agência havia reaberto uma investigação sobre outra empresa de Musk, a Neuralink.
“Essa série de eventos deixa claro que a comissão não está motivada a buscar a verdade, mas, em vez disso, está envolvida em uma campanha indevidamente motivada contra o Sr. Musk e os indivíduos e empresas associados a ele”, escreveu Spiro na carta.
“Exigimos saber quem dirigiu essas ações — se foi o senhor ou a Casa Branca. Essas táticas e esquemas equivocados não nos intimidarão”.
Em 2018, a SEC chegou a um acordo com Musk e com a Tesla após descobrir que o bilionário havia enganado os investidores quando tuitou que tinha “financiamento garantido” para tornar a Tesla uma empresa de capital fechado.
De acordo com essa negociação, a Tesla e Musk pagaram multas de US$ 20 milhões, e ele concordou em ter seus tweets sobre eventos relevantes na empresa aprovados por outras pessoas na fabricante.
Musk também abriu mão do título de presidente da Tesla, embora tenha mantido o título de CEO. Mais tarde, ele disse que concordou com o acordo porque, se não o fizesse, teria cortado fontes vitais de financiamento de bancos que a Tesla, então sem dinheiro, precisava para sobreviver.
Em abril de 2022, Musk revelou que havia comprado 9% das ações do Twitter antes de comprar a empresa inteira no final daquele ano. A SEC lhe enviou uma carta querendo saber por que ele não havia divulgado essas compras no prazo de 10 dias após ultrapassar o limite de 5% das ações possuídas, conforme exigido pela lei de valores mobiliários.
O CEO acabou comprando todas as ações do Twitter em uma aquisição de US$ 44 bilhões e, logo em seguida, rebatizou-o de X.
Musk e Gensler também se desentenderam sobre a regulamentação das criptomoedas, das quais Musk é um defensor veemente, enquanto Gensler as descreveu como títulos que deveriam estar sob a autoridade da SEC. Gensler classificou as criptomoedas como “repletas de fraudes, golpes e abusos em certas aplicações”.
Mas Musk, um dos principais apoiadores do presidente eleito Donald Trump, não terá que se preocupar em lidar com uma SEC liderada por Gensler por muito mais tempo. Trump nomeou Paul Adkins, o qual é copresidente do grupo de defesa das criptomoedas Digital Chamber’s Token Alliance desde 2017, para liderar a agência.
O fim de uma era: como Taylor Swift impulsionou economia dos EUA
Este conteúdo foi criado originalmente emVer original
Acompanhe Economia nas Redes Sociais
Siga no google news