SÃO PAULO – A maioria dos brasileiros se divide entre pessoas que gostam de ter controle e as que usam o “jeitinho” na hora de lidar com as finanças pessoais. Essa foi a descoberta da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) ao realizar levantamento sobre a forma como o país lida com o dinheiro.
Dentro dessas características, a associação descobriu que existem 5 perfis dentro dos quais qualquer brasileiro conseguiria se enxergar: Construtor, Camaleão, Planejador, Despreocupado e Sonhador.
“Saímos às ruas para entender os motivos que levam o país a ter uma das menores taxas de poupança da América Latina. A partir das investigações, concluímos que lidar com o dinheiro é uma questão que vai muito além de classe social e dos recursos disponíveis”, afirma Ana Leoni, superintendente de Educação e Informações Técnicas da ANBIMA.
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Segundo ela, a pesquisa vai “além do rótulo de como as pessoas gerem o dinheiro”, na medida em que “mostra como as pessoas gerem a própria vida, e a relação com o dinheiro é apenas uma delas”.
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A pesquisa foi realizada em duas fases: qualitativa e quantitativa. A primeira delas foi organizada pela consultoria Na Rua e ouviu 400 pessoas em quatro capitais brasileiras. Depois disso, o Datafolha entrevistou 2.653 pessoas em 130 municípios, com apopulação economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, no nível de confiança de 95%.
Correspondentes a 30% da população nacional, os Construtores afirmam pensar duas vezes antes de gastar. Eles gostam de ter controle diário sobre sua situação financeira, ezplica a Associação.
Em segundo lugar, com 29% dos entrevistados, estão os Camaleões. “Essas pessoas não costumam guardar dinheiro. Para 80% delas, o salário cai na conta e vai direto para pagar os boletos”, diz a Anbima.
Já os Planejadores (22%) possuem relação forte com o dinheiro e sentem prazer em acompanhar o crescimento do patrimônio. Em sua maioria (80%), dizem manter reserva financeira para emergências. “O Planejador pensa no longo prazo. Ele é competitivo, sempre quer mais, faz de tudo para alcançar seus objetivos. É um realizador – para ele a concretização do objetivo é mais importante”, diz Ana.
Os Despreocupados, em contrapartida, correspondem a 11% da população e admitem que gastam sem pensar. “Isso não quer dizer que os despreocupados sejam, necessariamente, endividados. Eles apenas não se importam em criar laços com o dinheiro”, pontua Ana. A maior parte deles concorda que dinheiro existe para gastar e dar prazer.
Mais raros, os Sonhadores (6%) declaram ter espírito empreendedor. “Os sonhadores são inquietos e até sabem que precisam de dinheiro para suas empreitadas, mas acham que não é qualquer quantia que vai ajudar. Eles acabam, portanto, perdendo a oportunidade de poupar pequenos valores do dia a dia”, conclui a Anbima.