SÃO PAULO – O Banco Central da Nova Zelândia anunciou a elevação na taxa básica de juros do país em 25 pontos-base, para 2,75% ao ano. Dessa forma, a segunda maior economia da Oceania torna-se a primeira entre os desenvolvidos a iniciar o ciclo monetário. Espera-se que muitos países desenvolvidos que começam a dar sinais de que saíram da crise comecem a elevar os juros, o que pode trazer, e por conta disso o evento vem sendo acompanhado de perto pelos investidores.
A taxa básica do país estava na mínima histórica de 2,50% desde março de 2011. Na época, o BC local reduziu os juros em 50 p.b. como forma de estimular a economia após a série de terremotos que devastaram o país. Contudo, a Nova Zelândia já tem reagido bem e mostrado altas taxas de crescimento econômico e maior pressão inflacionária, o que motivou a elevação dos juros.
“O atual grau de estímulo monetário não é mais necessário”, disse Graeme Wheeler, presidente da autoridade monetária local em comunicado divulgado após a decisão.
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O movimento de elevação dos juros da Nova Zelândia ocorre juntamente com as especulações do mercado sobre uma alta nos juros nos Estados Unidos, na medida em que a economia local dá indícios de recuperação após sofrer com os desdobramentos da segunda maior crise financeira desde o crash de 1929.
No entanto, vale destacar que cada país tem sua peculiaridade, mas o que chama atenção do mercado brasileiro é a emergência de uma espécie de “novo concorrente” para receber recursos de investidores internacionais, o que poderia representar uma defasagem ainda maior para o mercado verde-amarelo. Na medida em que uma economia tida como mais estável que a brasileira eleva sua taxa de juros, mais atenção ela começa a chamar do mercado e mais riscos ela pode representar aos recursos hoje investidos por estrangeiros no Brasil.