A oposição e organizações não governamentais da Venezuela convocaram um protesto em Caracas e outras capitais latino-americanas para a próxima quarta-feira (11) para pedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceda pela “liberdade imediata e sem condições de todos os presos políticos” do país.
“Nos mobilizamos até a sede diplomática do Brasil em Caracas para pedir ao presidente brasileiro Lula da Silva que interceda pela liberdade dos mais de 2500 presos políticos do regime”, diz a convocação, publicada em redes sociais pela equipe de campanha do então candidato Edmundo González.
O movimento político de María Corina Machado, Vente Venezuela, e da organização não governamental Programa de Educação em Direitos Humanos Acção (Provea), também publicaram convocações para o evento.
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As convocações, que começaram a circular nas redes sociais nas últimas horas, ainda chamam os venezuelanos a se concentrarem “em família” para solicitar a “solidariedade do governo brasileiro na libertação de todos os presos políticos”.
Na capital venezuelana, o protesto será uma marcha até a sede da embaixada brasileira. Mas também circulam convocações para protestos já diante das sedes diplomáticas do Brasil em outras capitais latino-americanas, como Quito (Equador), Bogotá (Colômbia), Cidade do México (México), San José (Costa Rica) e até em Haia, cidade holandesa onde fica o Tribunal Penal Internacional, onde Nicolás Maduro está sendo denunciado por um grupo de países.
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A organização Foro Penal, que acompanha a situação das detenções no país, diz ter “registrado e qualificado o maior número de presos com fins políticos conhecido na Venezuela” neste século.
A agrupação afirma haver atualmente 1.793 presos políticos no país, sendo 1.659 deles detidos desde os protestos iniciado no dia seguinte às eleições de 28 de julho, da qual o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela diz que Maduro foi o vitorioso.
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