SÃO PAULO – Após dois anos seguidos de recessão, a economia brasileira voltou a crescer em 2017. Conforme divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta quinta-feira (1), o PIB (Produto Interno Bruto) do País avançou 1% no período, ao encerrar o quarto trimestre com alta de 2,1% em comparação com o mesmo período no ano anterior. A mediana das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg apontava para um crescimento de 1,1% da economia no ano e de 2,5% entre outubro e dezembro em comparação com o mesmo período em 2016.
Contribuiu para o movimento de recuperação da economia brasileira, após dois anos de queda de 3,5%, o aumento do consumo das famílias, carro-chefe responsável por 63,4% do PIB, que cresceu 1% no acumulado do ano e 0,1% no quarto trimestre ante o terceiro. Também se destacou o desempenho do agronegócio, que avançou 13% em 2017, sobretudo em função dos bons resultados das lavouras de milho (55,2%) e soja (19,4%).
Avançou, mas em ritmo moderado, o setor de serviços (0,2% no quarto trimestre ante o trimestre anterior), com destaque para o comércio, que cresceu 1,8% no ano, seguido por atividades imobiliárias (1,1%), transporte, armazenagem e correio (0,9%). Já a indústria ficou estagnada no ano, mas avançou 0,5% no quarto trimestre em comparação com o terceiro. Neste caso, destaque para a alta na atividade das indústrias extrativas (4,3%), em contraste com a queda na construção (-5%).
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Em valores correntes, o PIB foi de R$ 6,559 trilhões. A taxa de investimento no período foi de 15,6%, abaixo do percentual registrado no ano anterior (16,1%). Já a taxa de poupança foi de 14,8%, ante 13,9% registrados em 2016. O PIB per capita variou 0,2% em termos reais, alcançando a marca de R$ 31.587 no ano que passou.