O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste domingo (27) que o Ministério da Defesa da Rússia está trabalhando em diferentes formas de resposta caso os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ajudem a Ucrânia a atacar a Rússia com mísseis de longo alcance.
A guerra na Ucrânia, que já dura 2 anos e meio, desencadeou o maior confronto entre a Rússia e o Ocidente desde os primórdios da Guerra Fria, e as autoridades russas dizem que a guerra está entrando agora em sua fase mais perigosa.
A Rússia vem sinalizando para os Estados Unidos e seus aliados há semanas que, se eles derem permissão à Ucrânia para atacar com profundidade o território russo por meio de mísseis fornecidos pelo Ocidente, Moscou considerará isso uma grande escalada nas tensões.
Leia Mais
-
Irã diz que não busca guerra com Israel, mas promete “resposta apropriada”
-
Aviões de Israel violaram espaço aéreo do Irã no ataque de sábado, dizem fontes
-
Ataques de Israel no norte de Gaza tornam vida "insustentável", diz chefe da ONU
Putin disse em 12 de setembro que a aprovação ocidental para tal medida significaria “o envolvimento direto dos países da Otan, dos Estados Unidos e dos países europeus na guerra na Ucrânia”, porque a infraestrutura militar e o pessoal da Otan teriam que estar envolvidos no direcionamento e no disparo destes mísseis.
Putin disse que é muito cedo para dizer exatamente como a Rússia reagiria a essa ação, mas que Moscou teria que responder à altura e que diferentes opções estão sendo examinadas.
“(O Ministério da Defesa russo) está pensando em como responder aos possíveis ataques de longo alcance em território russo e oferecerá uma série de respostas”, disse Putin ao principal repórter da TV estatal russa na cobertura do Kremlin, Pavel Zarubin.