Pela terceira vez em menos de um mês, a venda de títulos do Tesouro Direto será suspensa nesta terça-feira (15), devido à greve dos servidores públicos que trabalham no Tesouro Nacional. As operações já haviam sido suspensas pelo mesmo motivo nos dias 23 de setembro e 1º de outubro.
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Com a paralisação, novas compras não serão aceitas e operações agendadas para o dia 15 devem ser remarcadas. Os resgates, no entanto, seguem funcionando normalmente. Veja abaixo o que muda nos dias de mobilização dos servidores.
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É possível comprar títulos do Tesouro Direto com a greve?
Não. Durante as paralisações a compra de títulos do governo federal ficam interrompidas, mas ainda é possível agendar a aquisição dos papéis.
Fazer resgate do dinheiro aplicado é permitido?
Sim. Segundo o Tesouro Nacional, os resgates continuam funcionando normalmente mesmo com a mobilização.
Em caso de operações de compra agendadas, o que fazer?
Os agendamentos previstos para um dia de paralisação são cancelados automaticamente. É necessário que o investidor refaça o agendamento para outro dia. Operações de reagendamento estarão disponíveis inclusive no dia da suspensão.
Títulos sofrerão com marcação a mercado?
O economista e planejador financeiro Fabio Louzada explica que, com as negociações paralisadas, o investidor não tem como verificar os preços ou rendimentos dos títulos. “O site mostra apenas os valores de fechamento do dia anterior”, diz.
A greve do Tesouro Direto pode prejudicar meus investimentos?
Louzada não vê impacto nos investimentos já feitos. “A greve não afeta o valor que está investido, trata-se de uma pausa temporária”, afirma.
No entanto, diz o especialista, a suspensão “atrapalha o investidor que tinha algum investimento programado.”
Em caso de greve recorrente, como me preparar para não ter problemas?
Fabrício Silvestre, analista de renda fixa da Levante, não vê espaço para a situação continuar, “até porque o Tesouro precisa funcionar normalmente para operacionalizar a gestão da dívida pública”.
Entretanto, como precaução adicional, Louzada indica a possibilidade de abrir mais espaço na carteira para outras opções de renda fixa, como CDBs, que são títulos de bancos.