O mercado de seguros arrecadou R$ 249,95 bilhões nos primeiros sete meses de 2024, um crescimento de 15,1% em relação ao mesmo período de 2023, indica relatório da Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia ligada ao Ministério da Fazenda que regula e fiscaliza o setor, divulgado nesta sexta-feira (13). As indenizações, resgates, benefícios e sorteios pagos pelas empresas do setor aos clientes somaram R$ 140,61 bilhões no mesmo período.
A modalidade que mais se destacou no mês de julho foi o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que recebeu contribuições de R$ 17,17 bilhões. É o maior valor já registrado em um único mês desde 2011, quando o maior resultado mensal apurado no ano não chegou a R$ 4 bilhões. Durante os sete primeiros meses do ano, o produto acumulou R$ 105,21 bilhões em contribuições, um montante 22,1% superior ao mesmo período no ano passado.
O VGBL é um tipo de plano de previdência privada voltado para quem é isento do IR (Imposto de Renda) ou utiliza o modelo simplificado para fazer a declaração. Essa modalidade não permite a dedução do tributo da base de cálculo, mas possibilita que o imposto seja cobrado somente sobre os rendimentos, e não sobre o total acumulado, no momento do resgate.
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Outro destaque foi o seguro de vida, que acumulou R$ 19,33 bilhões em prêmios (valor pago pelo consumidor à seguradora ao adquirir o seguro) entre janeiro e julho de 2024, valor que representa alta de 15,4% em relação ao mesmo período de 2023.
O superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, lembra que foi implementado, no início do ano, um redesenho do mercado de previdência complementar e seguros de pessoas (como seguro de vida, educacional, prestamista, entre outros). “O tema foi previsto no Plano de Regulação vigente e as novas normas passaram a fomentar a concorrência e dar maior poder de decisão para o consumidor ao longo do tempo, o que deve impulsionar o segmento para um desempenho ainda melhor”, ressalta Octaviani.
De acordo com o relatório da Susep, os demais segmentos de seguros – que reúnem produtos voltados para danos (como automóvel, residencial e empresarial, por exemplo) e pessoas – arrecadaram R$ 117,90 bilhões de janeiro a julho de 2024, crescendo 11,31% em relação ao mesmo período de 2023.